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Preço dos alimentos sobe ao nível mais alto desde maio de 2013, aponta FAO

3 abr 2014 - 11h50
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O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) subiu 2,3% (4,8 pontos) no mês de março e chegou aos 212,8 pontos, seu nível mais alto desde maio de 2013, um aumento qualificado como "brusco" por esta agência da ONU.

A meteorologia desfavorável em boa parte das grandes zonas produtoras do mundo e a crescente tensão na região do Mar Negro, principalmente na Ucrânia, aparecem como as principais causas deste considerável aumento.

"O índice se viu influenciado, como se esperava, pelas condições meteorológicas desfavoráveis nos Estados Unidos e Brasil, além das tensões geopolíticas na região do Mar Negro", explicou Abdolreza Abbassian, economista-chefe da FAO.

Este indicador, baseado nos preços da cesta básica, registrou um aumento nos preços de todos os grupos, com exceção dos produtos lácteos, que caíram 6,9 pontos devido à redução das importações da China.

As maiores altas foram registradas no açúcar, que subiu 18,5 pontos, afetado pela seca no Brasil e pela redução da produção da cana-de-açúcar na Tailândia, e os cereais, com um aumento de 10 pontos pelo clima desfavorável no Brasil e Estados Unidos, além das tensões na Ucrânia.

Por sua parte, o preço dos óleos vegetais subiram 7 pontos com relação ao mês anterior devido à prolongada seca que castiga o sudeste asiático.

O Índice de preços da carne registrou um aumento de 2,7 pontos, devido à seca na Austrália e Estados Unidos, No caso da carne de porco, o aumento esteve relacionado ao vírus da diarreia epidêmica suína, que afeta as exportações do país americano.

A FAO também publicou suas previsões para a produção mundial de trigo em 2014, estimada em 702 milhões de toneladas, 2% a menos do que a colheita do ano passado.

Em relação à produção mundial de arroz deste ano, a agência da ONU prevê um "modesto" aumento de 0,8% e avisa que este poderia não ser "suficiente" para compensar "o crescimento demográfico".

EFE   
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