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Em seis passos, descubra como é feita a cerveja artesanal

12 jul 2013 - 10h00
(atualizado em 3/8/2020 às 15h19)
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Produzida em menor escala, a cerveja artesanal tem conquistado o paladar dos apreciadores mais exigentes da bebida. Ela possui conservantes naturais e, diferentemente da versão industrializada, cuja proposta principal é refrescar, tem como diferencial o sabor e o aroma muito mais intensos. Exatamente por isso, seu processo de fabricação é minucioso e leva cerca de 30 dias para ser concluído.

“No mercado brasileiro, as cervejas industriais são produzidas com adjuntos na receita, como milho, enquanto as artesanais promovem o que chamamos de ‘Lei da Pureza’, utilizando somente malte na receita, deixando-as mais fortes e saborosas”, afirma Afonso Landini, fundador da ArteBrew - Cerveja Artesanal.

Atualmente, existem cerca de 120 estilos de cerveja artesanal em todo o mundo, comercializados com preços que variam de R$ 10 a R$ 300 e agradam todos os bolsos. Se você ficou curioso e está pensando em presentear seu pai com essa iguaria, confira, a seguir, seis etapas de sua produção.

1 - Aquecimento e adição de malte

O processo de produção da velha e boa “loira gelada” é longo. Para dá início à fabricação os cervejeiros separam dois caldeirões, com cerca de 20 litros de água cada, e os aquecem a 65ºC. Depois, trituram os maltes até que suas cascas fiquem bem amassadas, despejam a mistura no primeiro recipiente e os mantêm em fogo intenso por 90 minutos. Após esse período, os fabricantes aumentam a temperatura até 78ºC e deixam os ingredientes agirem por mais cinco minutos. 

2 - Clarificação

Na segunda etapa, todo o conteúdo do primeiro caldeirão é transferido para um terceiro, chamado de tina de clarificação. Neste recipiente, responsável por deixar a mistura do malte, conhecida como mosto, clara e purificada, os ingredientes são mexidos novamente numa velocidade regulada, para garantir uma boa clarificação do produto. Esse processo dura cerca de dez minutos. 

3 - Ebulição e resfriamento

Depois que o mosto está devidamente clarificado, ele é transferido para o primeiro caldeirão, já limpo e higienizado. Depois disso, é transferido novamente, desta vez para o segundo caldeirão, preenchido apenas com água aquecida. Neste reservatório, o mosto clarificado é fervido e lúpulo (substância utilizada para dar amargor e também aroma à cerveja) é acrescido. Em seguida, todo o conteúdo é fervido por mais uma hora e, posteriormente, resfriado. Para isso, regula-se a temperatura do caldeirão para que ele não ultrapasse os 25ºC. 

4 - Oxigenação 

Nesta fase, o mosto é transferido para o fermentador. Entretanto, o lúpulo permanece no fundo do caldeirão por mais 15 minutos para que haja o processo de decantação (responsável por separar misturas heterogêneas). Enquanto isso, o líquido do mosto é oxigenado logo após ser transferido por meio de um areador com filtro de bactérias. Essa etapa forma uma espuma, que significa que a oxigenação está funcionando.

5 - Fermentação

Depois de areada, a mistura do malte recebe a adição de fermento, que deve ser previamente misturado com água, numa temperatura aproximada de 30ºC, e açúcar. O ingrediente, no entanto, só é introduzido quando há a formação de espuma no nível superior do copo d’água. Depois que esse ingrediente é adicionado no mosto, a mistura é tampada e reservada por três dias numa temperatura que varia entre 18ºC e 25ºC. 

6 - Maturação

Depois dos três dias de fermentação, o líquido é passado para o balde maturador, onde deve permanecer por 20 dias, a uma temperatura de 0ºC a 10ºC. Após esse período, a cerveja é engarrafada e o açúcar em calda é adicionado. As garrafas devem ser mantidas por mais alguns dias em temperatura ambiente e, depois disso, são levadas à geladeira e estão prontas para o consumo. 

Fonte: Agência Hélice
Fonte: Terra
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